Portugal "condenado" a ficar na primeira fase
A detentora do título Espanha, a anfitriã Lituânia e a vice-campeã mundial Turquia são formações fora do alcance da equipa lusa, pelo que repetir o magnífico nono lugar de há quatro anos, em solo espanhol, não passa de um sonho.
Então, uma vitória na primeira fase (77-67 face à Letónia) foi suficiente para o "cinco" de Valentyn Melnychuk chegar à segunda, na qual logrou novo triunfo (94-85 a Israel), acabando como uma das grandes revelações da prova.
A fase final do Europeu de 2007 só contava, porém, com 16 selecções, passando à segunda fase três das quatro de cada um dos quatro agrupamentos.
Desta forma, bastaram duas vitórias para Portugal, na segunda presença (convidado no "longínquo" ano de 1951), terminar em nono, panorama bem diferente do que se verificará na Lituânia, onde dois triunfos não serão suficientes, sequer, para ultrapassar a fase inicial.
O Euro2011 conta, na primeira fase, com quatro grupos de seis equipas, mantendo-se o apuramento dos três primeiros, o que significa que caem, desde logo, três equipas por grupo.
Vencer a Grã-Bretanha, de Luol Deng, e a Polónia, mesmo sem Marcin Gortat, já seriam proezas para Portugal, mas, em princípio, insuficientes para dar o apuramento ao conjunto comandado por Mário Palma.
No Grupo A, e ao contrário do que acontece nos outros, o apuramento parece estar decidido, face à imensa categoria de Lituânia e Espanha, "apenas" as duas principais candidatas ao título, e da Turquia.
A Lituânia joga em casa e tem como objectivo repetir os títulos de 1937, 1939 e 2003, depois do terceiro lugar no Mundial de 2010, enquanto a Espanha só pensa em revalidar o título, o seu primeiro, arrebatado em 2009.
Depois do "pobre" sexto posto no Mundial do ano passado, os espanhóis voltam a ter Pau Gasol e José Manuel Calderon, que não estiveram na Turquia, e surgem reforçados com o naturalizado Serge Ibaka, mais um jogador da NBA.
Por seu lado, a formação turca, comandada por Hedo Turkoglu, surge na Lituânia com o estatuto de vice-campeã Mundial, depois de em 2010, em casa, só ter caído na final e perante os Estados Unidos.
Ao contrário dos rivais, sem a pressão da NBA, face ao "lock out", Portugal surge com um conjunto repleto de baixas, com destaque para as de Heshimu Evans, João "Betinho" Gomes, Paulo Cunha e Nuno Cortez, todos lesionados.
O seleccionador luso apresentou um discurso positivo, garantindo que o objectivo é chegar à segunda fase, mas será preciso um "super" Portugal, que se supere, a roçar a perfeição... uma espécie de "milagre".